6 de julho de 2010

Flor Bela

Tenho sede de infinito,
Quero ser poeta, quero ser escritor,
Quero ser riso e quero ser grito,
Quero ser guerra e amor.

Ser o que me for na alma,
Poder ter várias interpretações,
Quero ser cosmos e quero ser calma,
Ou ser letra de belas canções.

Quero ser poesia, quero encantar,
Que me declamem bem alto!
Quero ser importante, contar,
Que percebam a falta quando eu falto.

E quando faltar a poesia,
E me faltar a inspiração,
Que esperem até ao outro dia,
Trocada e esquecida é que não!

Deixem-me ser vosso poema,
Digam que gostam de me ler,
E finjam que valeu a pena,
E ninguém precisa de saber….
E quero que me ames assim,
Perdidamente!
Quero ser alma e sangue e vida em ti,
E que o digas cantando a toda gente!

(uma espécie de homenagem a Florbela Espanca)

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