30 de agosto de 2008

Aqui há uns dias pediram-me para escrever parvoíces sobre parvoíces, e eu aceitei. Mal sabia o quão difícil iria ser arranjar um simples assunto para desenrolar o novelo...
Ultimamente não consigo encarar as tolices como antigamente, e isso sim, é uma parvoíce.
Nostálgica, triste, deprimida, eu sei lá, estou assim. E fico ainda mais cada vez que penso em como "éramos" e no que nos "tornámos" em menos de um ano. Não falo só de relações amorosas, é no geral. Mas como já o "outro" dizia (um dia vou descobrir quem é esse "outro" do qual tanto falam os meus avós) "we have to remember the old good days".
Mas é exactamente por me lembrar do que vivi e senti há uns tempos atrás, que me recuso tanto em seguir em frente e admitir que já passou. Parvoíces!
Então, expliquem-me como se eu fosse muito burra (quiçá o "como se eu fosse" seja na realidade um "porque eu sou") como é que é possível as pessoas mudarem tanto, esquecerem-se tanto, e estupidificarem-se tanto!?
Como é que de um dia para o outro as palavras proferidas se tornam em silêncios esquecidos, como é que a convivência resume-se numa solidão porque nada é, tudo foi?
Isto sim são parvoíces, é uma parvoíce quando as pessoas já não falam, quando se esquecem e se recusam a lembrar. Mas é uma parvoíce ainda maior quando, exactamente por se lembrarem, se recusam a falar.
E eu lamento ter crescido quando penso ter perdido. E não podemos voltar o tempo atrás. Mas de 24 em 24 horas o tempo volta atrás, e voltamos à mesma hora em que eu escrevo...e o tempo na prática não mudou..eu é que mudei o que faço com ele. E as pessoas mudam. Mas será que mudam mesmo? Ou seremos nós que as vemos de outra maneira e vice-versa? Perguntas retóricas à parte, a verdade é que podemos sempre voltar atrás, porque todos os dias temos uma nova oportunidade, basta querermos e podermos aproveitá-la, porque amanhã será novamente meio-dia e meia-noite, e depois, e ainda depois do depois.
Vou-me mas é deixar de seriedade porque ela é uma parva e torna-nos chatos e patéticos. E já o meu amigo, o "outro", também dizia, "life is short, we might as well enjoy it".
E é isso. Qualquer dia hei-de ser mesmo parva e contar uma parvoíce como deve ser. Desculpem-me pelo post, mas tinha de dizer qualquer coisa, agora se serviu ou não para alguém, isso já é outro assunto.
Fiquem bem, e falem-se enquanto podem :)

"everybody lives, but not everyone do exactly live"

Cathy*

3 comentários:

Hugo Ferreira disse...

épa... a vida é mesmo assim, as vezes estamos mais perto das pessoas, depois afastamos e chegamos a nem falar, ou dizer um simples ola a uma pessoa que já conheceu todos os nossos segredos. mas depois outras virão para os saber, e vem e vão como a maré... se fosse sempre a mesma água ficava choca!

Carlota disse...

amén, cathy.

Anónimo disse...

é a vida, é triste mas é axim pouco se pode fazer... :S